sábado, 7 de agosto de 2010

Proteína na urina pode prever doenças nos rins

Uma nova pesquisa alerta que médicos podem ser capazes de prever lesão renal e proteger seus pacientes procurando proteínas na urina. Pacientes com níveis mais elevados de proteína, ou albuminúria, tem um aumento de quase cinco vezes no risco de desenvolver lesão renal aguda, relataram os pesquisadores.Um teste barato e fácil pode fornecer uma maneira de prestar atenção nos danos nos rins e aperfeiçoar o método atual de identificá-los, chamado de taxa de filtração glomerular estimada.A lesão renal aguda é comum quando as pessoas estão nohospital, sendo que é uma doença vista em 1,6% de todos ospacientes de hospital. Ela ocorre quando os rins perdem a capacidade de filtrar os resíduos do sangue.A lesão renal aguda pode ser reversível se um paciente é saudável, mas muitas vezes resulta em doença renal crônica e insuficiência renal necessitando de diálise ou transplante renal. Ou seja, pode levar a coisas ruins no futuro e colocar as pessoas em risco muito maior de morte.A pesquisa estudou 11.200 pacientes, olhando para os seus registros médicos. Todos fizeram o teste de albuminúria como parte de seus cuidados. Mesmo os baixos níveis de albuminúria indicaram que um paciente veio a desenvolver lesão renal aguda, segundo os investigadores.Esse ferimento no rim pode ocorrer quando os pacientes recebem medicação ou corantes de contraste intravenoso para deixar os seus órgãos internos visíveis durante a tomografia computadorizada, ou procedimentos em artérias coronárias.A lesão renal aguda pode ter uma ligação genética também. Cientistas encontraram uma ligação entre uma variação única letra no código genético e as concentrações de creatinina sérica, a proteína que indica doença renal crônica.Segundo os pesquisadores, essas descobertas podem levar a melhores maneiras de tratar e prevenir doenças renais.

Santa Casa financia exames para transplante de rim e portadores de doença renal

Desde o último mês de março, a Santa Casa de Maceió vem facilitando a realização de transplantes de rim, por meio do financiamento dos exames de imagens necessários à realização do procedimento cirúrgico e que não são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa também prevê a realização de, no mínimo, dois transplantes por mês.

"Se o exame precisa ser feito e não é bancado pelo SUS, a Santa Casa banca", explica o médico nefrologista e coordenador da Área de Transplante Renal da Santa Casa de Maceió, Arnon Farias Campos, enfatizando que a demora para a realização de todos os exames pré-transplante muitas vezes acaba fazendo com que o doador desista do procedimento e, consequentemente, o receptor continue dependente da máquina de hemodiálise.

"Quando os exames demoram muito, o doador vai embora. Muitas vezes acontece dele passar quase um ano à espera do exame e, por conta da demora, ter que refazer alguns exames que já tinham sido feitos. A Santa Casa também montou uma política para realização de pelo menos dois transplantes por mês e, desde o mês de março, isso vem sendo cumprido", destaca o médico.

Todos os portadores de doenças renais crônicas são potenciais receptores de órgãos. Já no caso dos doadores, eles podem ser cadáveres ou vivos, sendo que nos dois casos é necessário que haja compatibilidade com o receptor do órgão.

A cirurgia de transplante de rim é tecnicamente considerada de média complexidade, dura em torno de 3 horas, e tem a recuperação considerada tranquila. No caso do doador, ele recebe alta do hospital no 4º dia após o procedimento cirúrgico, podendo voltar à rotina de trabalho dentro de três meses. Já o receptor, depois de um ano é que ele passa a levar uma vida normal.

"Depois do transplante, o outro rim substitui as funções do órgão que foi retirado. No caso dos receptores, a grande diferença na vida deles é não ficar mais dependente de uma máquina três vezes por semana e isso significa qualidade de vida", destaca o médico Arnon Farias.

Ainda segundo ele, após cerca de cinco anos da realização do transplante, 90% dos enxertos estão funcionantes e 10% retornam ao programa de diálise. "Isso acontece porque não existe uma compatibilidade de 100%, já que uma pessoa não é igual à outra. Por outro lado, entre 70 e 80% dos transplantados levam uma vida normal por 10, 15, 20 anos e mais", ressalta o médico.

São potenciais candidatos à doença renal as pessoas diabéticas, obesas, hipertensas, cardíacas, com colesterol alto ou histórico da patologia na família. "Infelizmente, bebês com baixo peso e que passam muito tempo internados em UTI também são de risco para doença renal crônica”, acrescentou o médico. Para identificar se tais pacientes podem ter a doença no futuro, basta realizar exames de urina e de sangue e fazer acompanhamento, chama-se prevenção em nefrologia.

A área de transplante renal da Santa Casa de Maceió é formada por excelentes profissionais das áreas clínica e cirúrgica. Fazem parte os médicos nefrologistas Arnon Farias Campos, Sandra Azevedo Antunes e Rodrigo Peixoto Campos, os urologistas Willian Rogério Melo Monteiro, Mário Ronalsa Brandão Filho - coordenador cirúrgico, e Alexandre Henrique Figueiroa, os cirurgiões vaculares Jubrant Petruceli, Ronaldo Nardão Mendes e Pedro Fernandes Teixeira do Nascimento.

Boa alimentação e consumo de água combatem cálculos renais

Nosso corpo é como uma imensa rede que trabalha em sintonia. Coração bombeando sangue para oxigenar todos os órgãos, pulmões renovando a reserva de oxigênio no organismo e os rins, órgãos geralmente esquecidos, também com papel indispensável para a manutenção da saúde. São os filtros naturais das impurezas do nosso corpo. Tudo o que ingerimos passa por eles, órgãos com alta capacidade de renovação.

Segundo o urologista Mauro de Castro Viggiano Blota, temos no sangue cerca de 8% do nosso peso corporal total, portanto, uma pessoa com 60 kg tem mais ou menos 5 litros de sangue. E o rim é responsável por filtrar aproximadamente 100 ml por hora, reabsorvendo nutrientes e minerais, e eliminando em torno de 1,5 litro de impurezas através da urina.
No entanto, há pessoas que, por problemas de dieta ou por genética, produzem muitos cristais neste 1,5 litro. “Esses cristais juntam-se e agregam-se formando um microcálculo que pode vir a tornar-se um grande cálculo: é a pedra nos rins”, completa Luzes.
Para quem tem a tendência de produzir estes sais cristalizados, o mais importante, de acordo com o especialista, é ter cuidados especiais. “Se a pessoa já tem essa tendência, o que aconselhamos é aumentar o consumo de líquidos para diluir esses cristais, diminuindo as chances deles agregarem-se”, explica.
Ainda de acordo com o urologista, além da ingestão de muita água, é importante estar atento à uma boa alimentação. “Há pessoas que têm muitos cálculos nos rins porque comem muita carne, muita proteína. Esse hábito aumenta a chance de formação de ácido úrico no sangue, que leva à formação das pedras. Excesso de cálcio, às vezes por reposição oral, também provoca a formação dos cristais”, afirma Luzes.
Alimentação. Dieta boa para os rins é a mesma que é fundamental para a saúde. “Primeiramente ter diversas cores na alimentação. Também, comer frutas, verduras e legumes, além da proteína. O problema é que as pessoas comem muita proteína animal, como carne, leite e clara de ovo. Quando comemos fibras, o intestino trabalha mais rápido e absorvemos menos toxinas. E, comendo frutas e legumes, ingerimos mais líquidos”, frisa Luciano Luzes.
Mitos e verdades. Os antigos, com seus ditados e conhecimentos caseiros, diziam que o consumo de semente de tomate provocava pedras nos rins. Mitos que o urologista desmente. “Para uma pessoa ter pedras por excesso de oxalato de cálcio é preciso comer tomate demais, muito mais do que o consumo habitual da população. Sem contar que o vermelho do tomate é licopeno, um antioxidante protetor até de câncer de próstata. Por isso, as pessoas não devem excluir o tomate da alimentação”, conclui o urologista

Portadores de Insuficiencia renal e Hemofílicos esperam a demorada inauguração da clínica de hemodiálise

Os empresários que são donos do Nefrocenter, a clínica de hemodiálise de Iporá, estão dependendo do poder público para fazer funcionar esta unidade de saúde. Com prédio pronto e equipamentos, o que falta no local é uma ligação à rede de esgoto sanitário. Este não pode funcionar sem que o lixo advindo desta atividade de terapia tenha uma destinação para rede de esgoto sanitário. O que ocorre é que foi feito fora da área atendida pelo esgoto sanitário em Iporá. A Nefrocenter está na Avenida Quintino Vargas, próximo ao cemitério velho.

Na superação do obstáculo para seu funcionamento os proprietários da clínica de hemodiálise ouviram das autoridades que uma rede seria construída para interligar ao sistema já inaugurado. A Nefrocenter não está longe da rede de esgoto que existe em todo Bairro do Sossego, setor ao lado da avenida da clínica.

Promessa de obra em 45 dias

No dia em que o governador Alcides Rodrigues visitou Iporá para inauguração da rede de esgoto, em 10 de junho passado, foi dito que esta ligação da rede de esgoto era obra para os “próximos 45 dias”. Não ficou claro se começaria em 45 dias, contados daquela data, ou se esse era o prazo para concluir a obra. O fato é que o compromisso não foi cumprido. Já se passaram 54 dias que a promessa foi feita e nem começaram a construção da ligação da rede de esgoto. E nem notícias sobre o assunto é possível obter em Iporá. No escritório local da Saneago nos sugeriram ligar em Goiânia. Na sede estadual da empresa nos disseram que o assunto é da competência da Diretoria de Engenharia, onde atua o senhor Emerenciano Grande. Este não atendeu à nossa reportagem.

Hemofílicos aguardam funcionamento

São dezenas de hemofílicos em Iporá e na região que precisam se deslocar 3 vezes por semana à Goiânia para fazer hemodiálise. São levados pela Secretaria de Saúde da Prefeitura. Esse procedimento é popularmente chamado de “troca do sangue”. A hemodiálise é uma terapia de substituição renal realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crônica ou aguda, já que nesses casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias devido à falência dos mecanismos excretores renais.

O funcionamento da clínica de hemodiálise em Iporá vai dispensar viagens de muitos portadores da doença que precisam destas cansativas viagens à Goiânia, quase sempre duas vezes por semana. Estes renais crônicos aguardam o funcionamento da clínica. Bem que os que investiram estão lutando para que funcione o mais rápido possível. Mas falta a ação do pode público estadual no cumporimento de promessa de de construção da rede de esgoto para ligação ao sistema já existente e em funcionamento.

Consumo de chás deve ser relatado ao médico

Para todas as dores ou enfermidades, sempre surgem milhares de receitas de chás infalíveis. O uso das ervas é comum e bastante frequente para a maioria das pessoas, mas é preciso tomar cuidados ao consumir esse tipo de medicação. Excessos ou falta de informação podem se configurar um risco à saúde ao invés de um benefício.

O professor da Unicamp João Ernesto de Carvalho alerta que as gestantes devem evitar os "chazinhos". O de espinheira-santa, por exemplo, pode ser fatal para o feto, e há outras dezenas de vegetais que não passaram por estudos toxicológicos. É fundamental que grávidas e doentes crônicos sempre perguntem ao médico se podem usar plantas.

— Hipertensos e diabéticos em geral usam chás diariamente, mas não contam ao médico. Aí o remédio para de fazer efeito ou dá reação adversa e não se sabe o motivo. Acontece muito — conta o pesquisador. Outra precaução saudável para o usuário é conhecer, além da aparência, o nome científico das plantas com que faz chá.

O ideal é estar informado sobre os benefícios de contra indicações de cada planta, e sempre consultar um especialista.

— Existem plantas diferentes com o mesmo nome, e uma mesma planta com diversos nomes populares, de acordo com as regiões. Conhecendo os nomes científicos e a planta, evita-se o uso errado — explica Giovana Fernandes, do Conselho Regional de Farmácia, acrescentando que a identificação pode ser realizada pelo farmacêutico, botânico ou engenheiro agrônomo.

Também é importante saber a procedência: onde foi cultivada? Recebeu agrotóxicos? Foi colhida no período ideal? Tudo isso pode interferir na qualidade do chá e, consequentemente, no benefício que trará a quem o bebe. Por essas e por outras, o clínico geral Adair Marques é seletivo.

— Acho válida a fitoterapia como forma de complementar os tratamentos, mas geralmente a prescrevo em forma de cápsulas ou tinturas. Não sou contra as ervas desde que tenham sido colhidas na época certa, que tenham sido bem-acondicionadas e que o chá tenha sido preparado corretamente — explica o médico.

Conheça as propriedade de algumas plantas medicinais:

Alecrim: ótimo para a pele, por ser adstringente. Também é fortificante para os cabelos, além de evitar a calvície. Por seu poder antisséptico, é indicado para aliviar aftas e gengivites.

Boldo-do-chile: utilizado para combater distúrbios biliares, estomacais e hepáticos. Tem efeito tranquilizante.

Calêndula: tem propriedades antissépticas e cicatrizantes. É usada para tratar cólicas menstruais.

Camomila comum: o chá das flores é indicado contra febre, insônia, cólicas, gases e indigestão.

Capim-cidreira: infusão e tintura de folhas e flores combatem a ansiedade e a má digestão.

Espinheira-santa: tem folhas com propriedades antissépticas, analgésicas, cicatrizantes e diuréticas. Pode ser abortiva.

Eucalipto: a inalação de seu chá ou óleo alivia efeitos de asma, bronquite, faringite, gripe, resfriado e tosse.

Guaco: usado contra gripe, rouquidão, infecção na garganta, tosse, bronquite.

Macela: indicada para o combate de cólicas e problemas estomacais. Acredita-se que as flores tenham poder calmante.

Malva: é usada na forma de gargarejos para inflamações. O chá é utilizado em casos de prisão de ventre. Compressas com as folhas aliviam queimaduras de sol.

Hortelã: em infusão e saladas, é estimulante, analgésica e diurética. Combate cólicas menstruais, vômitos e gases.

Laranjeira: o óleo e a infusão de flores são usadas em casos de estomatite, insônia e febre. Flores, no travesseiro, acalmam.

Poejo: usado em casos de gripe, insônia, reumatismo, má digestão, enjoo, bronquite e asma.

Quebra-pedra: em chás ou cápsulas combate infecções urinárias, cálculos renais e biliares, corrimentos e dores lombares.

Sálvia: os chás são indicados para casos de esgotamento nervoso, má digestão, cálculos renais e hepáticos.

Trançagem: gargarejos são indicados para inflamações na boca, gengiva e garganta. Os chás limpariam as vias respiratórias e diminuiriam a vontade de fumar.