segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dieta para prevenir Pedra nos Rins, Cálculo Renal


Até completar 70 anos, 10 a 15% das pessoas apresentarão uma crise de cólica renal causada pela presença de cálculos nas vias urinárias (rim - ureter -bexiga - uretra) ("pedra no rim"). Duas vezes mais frequente em homens que em mulheres, os cálculos renais são formados na maioria das vezes por sais de cálcio (80%). Para quem já apresentou uma crise de cólica renal existe um risco de 50% de experimentar um novo quadro de dor em 5 anos.

Como estes cálculos são formados principalmente pelo aumento da excreção de cálcio pelo rim, evitar o aumento da concentração de cálcio na urina é uma forma eficaz de prevenir novos episódios de cólica renal. Inicialmente deve-se ser feita uma investigação laboratorial das causas endocrinológicas, metabólicas, urológicas e renais responsáveis pela formação de cálculos (estudo do cálculo quando possível, exames de urina, sangue e avaliação da anatomia das vias urinárias com exames de imagem e etc).

Naqueles pacientes que apresentam apenas uma perda de cálcio aumentada na urina (hipercalciúria), sem associação com outras doenças, medidas dietéticas são extremamente eficazes em reduzir o risco de terem novos quadros de cólica renal (de 50% para 20% em 5 anos). Ao contrário do que se pode imaginar, não é recomendado a diminuição do cálcio da dieta. Ao diminuir o cálcio da dieta eleva-se o risco de osteoporose além de aumentar a absorção de oxalatos, outro componente responsável pela formação de cálculos renais.

Segue-se abaixo as recomendações nutricionais para a prevenção de cálculos renais:

  • Aumentar a ingestão de líquidos: 2 litros em dias normais e 3 litros em dias quentes (pode ser água, sucos ou chá de ervas ou de frutas) para deixar a urina menos concentrada dificultar a formação de novos cálculos.

  • Comer com pouco sal. A redução do sal da dieta leva a uma menor perda de cálcio na urina

  • Limitar a ingestão de proteína (<1>

  • Manter uma ingestão normal de cálcio (800 a 1000mg/dia)

Dicas de como evitar Pedra nos Rins, pedra no rim

Boas estratégias preventivas contra pedra nos rins incluem modificações na dieta, e algumas vezes o uso de medicamentos, como por exemplo: 

* Beber muita água para produzir de 2 a 2,5 litros de urina por dia.
* Dieta com pouco consumo de proteína, nitrogênio e sódio.
* É recomendada a restrição de alimentos ricos em 
oxalato e o consumo adequado de sódio na dieta. Não há evidência convincente que suplementos de cálcio elevem o risco de formação de pedra nos rins.
* Utilização de medicamentos apenas com orientação médica dependendo da causa da formação da pedra nos rins.

sábado, 2 de maio de 2009

Pedra nos Rins, o que é


Pedra nos rins, também conhecida como cálculo renal, são cristais de minerais dissolvidos na urina encontrada nos rins ou uretra. As pedras variam de tamanho, desde tão pequenas quanto grãos de areia até grandes como uma bola de golfe. Geralmente o cálculo renal deixa o corpo através do fluxo de urina, porém se crescer muito ele pode obstruir a uretra e a distensão com urina causa dor severa.
O homem expele pela urina grandes quantidades de sais de cálcio, ácido úrico, fosfatos, oxalatos, cistina e, eventualmente, outras substâncias como penicilina e diuréticos. Em algumas condições a urina fica saturada desses cristais e como conseqüência formam-se cálculos. Não é um fenômeno raro até a idade de 70 anos. Aproximadamente 12% dos homens e 5% das mulheres podem ter, pelo menos, um cálculo durante suas vidas. A primeira década da vida não está imune ao surgimento de cálculos, havendo um pico de incidência entre quatro e sete anos de idade. A doença é mais comum no adulto jovem, em torno da 3 ª ou 4 ª década de vida, predominando na raça branca e não havendo diferença de sexo. A recorrência é mais comum no adulto jovem, 15% em um ano, 40% em até 5 anos e 50% em até 10 anos. A população negra tem menos litíase renal que a branca.

Tratamento da Pedra nos Rins


As pedras de menos de 5 milímetros geralmente são eliminadas espontaneamente, com diclofenaco geralmente provendo alívio à dor. Porém, a maioria das pedras maiores que 6 milímetros requerem alguma forma de intervenção, especialmente se estiverem causando obstrução e infecção no trato urinário. Muitas vezes, Ondas de Choque Extracorpóreas Litotripsia podem ser usadas. Em outros casos, é necessário algum procedimento mais invasivo.

Tomar bastante líquidos é o principal item do tratamento, visando reduzir a concentração e supersaturação dos cristais urinários, e dessa forma, diminuir a formação de cálculos.

O método ideal de tratamento é suprimir completamente a recorrência e evitar que os cálculos existentes cresçam. Como os cálculos geralmente têm origem heterogênea e freqüentemente são manifestações de doenças multissistêmicas, é impossível haver um só esquema terapêutico. Por isso, o tratamento é diversificado e prolongado, requerendo o comprometimento permanente do paciente. Após 180 dias de tratamento, deve-se repetir a seqüência de exames para avaliar a eficiência da ação terapêutica. A revisão é fundamental para ajustar as medidas usadas no controle da recorrência e estimular o paciente na continuidade do tratamento.


Sintomas de Pedra nos Rins

Pedra nos rins geralmente é assintomática até obstruir total ou parcialmente o fluxo de urina. Os sintomas geralmente incluem:
Dor aguda no flanco (cólica renal), náusea, vômito, hematúria e possivelmente febre em caso de infecção. Cólica renal aguda é descrita por muitos como um dos piores tipos de dores, mas há pessoas que não apresentam sintomas até que a urina fique com sangue. 
A quantidade de sangue pode não ser suficiente para ser vista, desta forma o primeiro sinal seria hematúria microscópica, na qual as células vermelhas só podem ser detectadas em teste microscópico de urina. 

Pedra nos Rins, o que causa ?

A formação de pedras ou cálculos é um processo biológico bem complexo, não muito conhecido, apesar dos consideráveis avanços já realizados. Hoje, constata-se que mudanças nos regimes alimentares, promovidas pela industrialização dos alimentos, mais ricos em proteínas, sal e hidratos de carbono, aumentaram a formação de cálculos.

Toda pessoa produtora de cálculos tem envolvimento com um ou mais fatores geradores de cálculo: 
 

Epidemiológicos (herança, idade, sexo, cor, ambiente, tipo de dieta)
Anormalidades urinárias (saturada de sais, volume diminuído e alterações do pH)
Ausência de fatores inibidores da formação de cálculos (citrato, magnésio, pirofosfato, glicosaminoglicans, nefrocalcina, proteína de Tam Horsfall)
Alterações metabólicas (calcemia, calciúria, uricemia, uricosúria, oxalúria, cistinúria, citratúria, hipomagnesúria)
Alterações anatômicas e urodinâmicas
Infecções urinárias

As anormalidades da composição urinária têm, no volume urinário diminuído, o principal fator na formação de cálculos. Fruto de uma hidratação inadequada, esta pode ser a única alteração encontrada em alguns portadores de litíase. O volume de urina permanentemente inferior a 1 litro ocorre por maus hábitos alimentares ou por situações ambientais como clima muito seco, atividades profissionais em ambientes secos (aviões, altos fornos) que favorecem a supersaturação urinária de sais formadores de cálculos.