Até completar 70 anos, 10 a 15% das pessoas apresentarão uma crise de cólica renal causada pela presença de cálculos nas vias urinárias (rim - ureter -bexiga - uretra) ("pedra no rim"). Duas vezes mais frequente em homens que em mulheres, os cálculos renais são formados na maioria das vezes por sais de cálcio (80%). Para quem já apresentou uma crise de cólica renal existe um risco de 50% de experimentar um novo quadro de dor em 5 anos.
Como estes cálculos são formados principalmente pelo aumento da excreção de cálcio pelo rim, evitar o aumento da concentração de cálcio na urina é uma forma eficaz de prevenir novos episódios de cólica renal. Inicialmente deve-se ser feita uma investigação laboratorial das causas endocrinológicas, metabólicas, urológicas e renais responsáveis pela formação de cálculos (estudo do cálculo quando possível, exames de urina, sangue e avaliação da anatomia das vias urinárias com exames de imagem e etc).
Naqueles pacientes que apresentam apenas uma perda de cálcio aumentada na urina (hipercalciúria), sem associação com outras doenças, medidas dietéticas são extremamente eficazes em reduzir o risco de terem novos quadros de cólica renal (de 50% para 20% em 5 anos). Ao contrário do que se pode imaginar, não é recomendado a diminuição do cálcio da dieta. Ao diminuir o cálcio da dieta eleva-se o risco de osteoporose além de aumentar a absorção de oxalatos, outro componente responsável pela formação de cálculos renais.
Segue-se abaixo as recomendações nutricionais para a prevenção de cálculos renais:
Aumentar a ingestão de líquidos: 2 litros em dias normais e 3 litros em dias quentes (pode ser água, sucos ou chá de ervas ou de frutas) para deixar a urina menos concentrada dificultar a formação de novos cálculos.
Comer com pouco sal. A redução do sal da dieta leva a uma menor perda de cálcio na urina
Limitar a ingestão de proteína (<1>
Manter uma ingestão normal de cálcio (800 a 1000mg/dia)